sábado, 20 de fevereiro de 2010

Direitos Dos Animais

Artigo 1º

    * Todos os animais nascem iguais perante a vida e têm os mesmos direitos à existência.

Artigo 2º

   1. Todo o animal tem o direito a ser respeitado.
   2. O homem, como espécie animal, não pode exterminar os outros animais ou explorá-los violando esse direito; tem o dever de pôr os seus conhecimentos ao serviço dos animais.
   3. Todo o animal tem o direito à atenção, aos cuidados e à proteção do homem.

Artigo 3º

   1. Nenhum animal será submetido nem a maus tratos nem a atos cruéis.
   2. Se for necessário matar um animal, ele deve de ser morto instantaneamente, sem dor e de modo a não provocar-lhe angústia.

Artigo 4º

   1. Todo o animal pertencente a uma espécie selvagem tem o direito de viver livre no seu próprio ambiente natural, terrestre, aéreo ou aquático e tem o direito de se reproduzir.
   2. toda a privação de liberdade, mesmo que tenha fins educativos, é contrária a este direito.
      Artigo 5º
   3. Todo o animal pertencente a uma espécie que viva tradicionalmente no meio ambiente do homem tem o direito de viver e de crescer ao ritmo e nas condições de vida e de liberdade que são próprias da sua espécie.
   4. Toda a modificação deste ritmo ou destas condições que forem impostas pelo homem com fins mercantis é contrária a este direito.

Artigo 6º

   1. Todo o animal que o homem escolheu para seu companheiro tem direito a uma duração de vida conforme a sua longevidade natural.
   2. O abandono de um animal é um ato cruel e degradante.

Artigo 7º

    * Todo o animal de trabalho tem direito a uma limitação razoável de duração e de intensidade de trabalho, a uma alimentação reparadora e ao repouso.

Artigo 8º

   1. A experimentação animal que implique sofrimento físico ou psicológico é incompatível com os direitos do animal, quer se trate de uma experiência médica, científica, comercial ou qualquer que seja a forma de experimentação.
   2. As técnicas de substituição devem de ser utilizadas e desenvolvidas.

Artigo 9º

    * Quando o animal é criado para alimentação, ele deve de ser alimentado, alojado, transportado e morto sem que disso resulte para ele nem ansiedade nem dor.

Artigo 10º

   1. Nenhum animal deve de ser explorado para divertimento do homem.
   2. As exibições de animais e os espetáculos que utilizem animais são incompatíveis com a dignidade do animal.

Artigo 11º

    * Todo o ato que implique a morte de um animal sem necessidade é um biocídio, isto é um crime contra a vida.

Artigo 12º

   1. Todo o ato que implique a morte de grande um número de animais selvagens é um genocídio, isto é, um crime contra a espécie.
   2. A poluição e a destruição do ambiente natural conduzem ao genocídio.

Artigo 13º

   1. O animal morto deve de ser tratado com respeito.
   2. As cenas de violência de que os animais são vítimas devem de ser interditas no cinema e na televisão, salvo se elas tiverem por fim demonstrar um atentado aos direitos do animal.

Artigo 14º

   1. Os organismos de proteção e de salvaguarda dos animais devem estar representados a nível governamental.
   2. Os direitos do animal devem ser defendidos pela lei como os direitos do homem.

(*) A Declaração Universal dos Direitos do Animal foi proclamada na UNESCO em 15 de Outubro de 1978


Minha mamãe achou muito importante postar aqui os direitos dos animais. Tem muita gente que não sabe que isto existe!

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Rouquidão em Gatos!?

Hoje perguntaram para minha mamãe se ela sabia porque os gatos ficavam roucos. Daí então, ela procurou na internet e achou uma matéria bem legal sobre o assunto para postar aqui no meu blog.

"Tranqüilos e chegados numa boa soneca, os gatos parecem os animais de estimação mais sossegados que existem.
Mas só parecem. Quem tem um (ou vários) sabe que, por trás da atitude zen, gatos estão sujeitos a várias situações de estresse.
Visitas em casa, saídas para o veterinário e o uso de um aspirador de pó provocam reações extremadas: os gatos podem soltar pêlos, esconder-se pela casa, miar incessantemente ou agir de forma violenta. Ou ter todas as reações acima ao mesmo tempo.
O gato sofre de estresse quando se sente inseguro, ameaçado, doente ou até mesmo entediado.
E as razões são muitas: gatos não gostam de ver ou de sentir a presença de um animal próximo a seu território; não gostam de mudanças em casa, como uma reforma ou a aquisição de novos móveis, ou mesmo uma nova casa; têm pavor de barulhos altos; são arredios a donos hostis; demoram a se acostumar com novas pessoas em casa e temem visitas.
O professor Carlos C. Alberts, especialista em comportamento de felinos, da Unesp de Assis, SP, explica que parte da ansiedade do gato vem do conflito entre sua adaptação doméstica e sua origem selvagem.
"Por um lado, o gato tem comida e abrigo oferecido pelo dono, mas, por outro, precisa exercer uma parte de seu comportamento fora de casa", explica.
"Quando estão na rua, os gatos domésticos de estimação encontram outros gatos, estabelecem relações sociais com eles, caçam, procuram comida, fazem a corte, os machos exercem sua territorialidade e as fêmeas, sua hierarquia", exemplifica.
"É bastante possível, do ponto de vista comportamental, que a falta de atividades fora de casa cause estresse", diz.
Para o comportamentalista Alexandre Rossi, "é como se os gatos fossem programados para levar um tipo de vida - se são colocados numa situação diferente, reagem".
Isso vai de um estímulo desagradável para o gato até a falta completa de estímulo, ou seja, o tédio. Por isso, é importante suprir essas necessidades com um enriquecimento ambiental.
"Quem mora num apartamento pequeno, por exemplo, pode dispor de uma janela para o gato olhar a rua, oferecer brinquedos, trazer cheiros diferentes e esconder comida pela casa", detalha Rossi.
As causas mais comumente associadas ao estresse do gato estão identificadas nas páginas a seguir, junto com algumas lições para minimizar os efeitos.
Se você tiver a oportunidade de conviver com o gato desde os primeiros dias de vida, a socialização irá deixá-lo mais seguro e pronto para novas situações ao longo de sua vida.
Caso isso não seja possível, duas lições valem para quase todas as situações de estresse:
1) o gato deve ter um esconderijo seguro, de preferência em lugar alto, e com os acessos sempre livres;
2) a caixa de transporte deve ser um ambiente agradável para ele, talvez até o lugar onde durma e, de vez em quando, receba petiscos.
Se o seu gato apresentar sinais de estresse de vez em quando, você não precisa ficar tão preocupado.
"Um pouco de estresse não fará mal nenhum ao gato; o que não pode acontecer é o estresse contínuo", aconselha o comportamentalista Alexandre Rossi, complementando que uma situação prolongada pode levar o gato à automutilação ou à rouquidão pelo miado excessivo.
"No caso de conflitos graves, procure um profissional da área de comportamento animal", acrescenta o veterinário e etólogo Mauro Lantzman, de São Paulo.
"É importante lembrar que sintomas de estresse também podem indicar doença", alerta a veterinária Marcia Rizzi, de São Paulo.
Entre esses sintomas estão os miados constantes, a apatia e, principalmente, a agressividade.
"Diferentemente dos cachorros, os gatos disfarçam a dor ou qualquer sinal de fraqueza, porque isso os torna vulneráveis para outros gatos", afirma Rossi.
Por isso, se os sintomas que você caracteriza como estresse persistem e não há uma causa definida, procure um veterinário rapidamente."

Fonte: PetBrazil

Aristogatos

         "Nunca imaginei ter um bicho de estimação por uma questão de ordem prática: moro em apartamento, sempre morei. E se morasse em casa, escolheria um cachorro. Logo, nunca considerei a hipótese de ter um gato, fosse no térreo ou no décimo andar. Quando me falavam em gato, eu recorria a todos os chavões pra encerrar o assunto: gato é um animal frio, não interage, a troco de quê ter um enfeite de quatro patas circulando pela casa?
         Hoje, dona apaixonada de um gato de 5 meses (e morando no décimo andar), já consigo responder essa pergunta pegando emprestada uma frase de um tal Wesley Bates: "Não há necessidade de esculturas numa casa onde vive um gato". Boa, Wesley, seja você quem for. Gato é a manifestação soberana da  elegância, é uma obra de arte em movimento. E se levarmos em consideração que a elegância anda perdendo de 10 x 0 para a vulgaridade, está aí um bom motivo para ter um bichano aninhado entre as almofadas.
         Só que encasquetei de buscar argumentos ainda mais conclusivos. Por que, afinal, eu me encantei de tal modo por um felino? Comecei a ler outras frases irônicas e aparentemente pouco elogiosas. Mark Twain disse que gatos são inteligentes: aprendem qualquer crime com facilidade. Francis Galton disse que o gato é antissocial. Rob Kopack disse que se eles pudessem falar, mentiriam para nós. Saki disse que o gato é doméstico só até onde convém aos seus interesses. Estava explicado por que gamei: qual a mulher que não tem uma quedinha por cafajestes?
         Ser dona de um cachorro deve ser sensacional. Lealdade, companheirismo, reciprocidade, eu sei, eu sei, eu vi o filme do Marley. Cão é boa gente. Só que o meu cachorro preferido no cinema nunca foi da estirpe de um Marley. Era o Vagabundo, sabe aquele do desenho animado? O que reparte com a Dama um fio de macarrão, ambos mastigam, um de cada lado, e mastigam, mastigam até que (suspiro... a emoção impede que eu continue). Eu trocaria todos os príncipes loiros e bem comportados da Branca de Neve e da Cinderela pelo livre e irreverente Vagabundo, que foi o personagem fetiche da minha infância. E lembrando dele agora, consigo entender a razão: aquele malandro tinha alma de gato.
         Imagino que, com essa crônica, eu esteja revelando o lado menos nobre do meu ser. Pareço tão sensata, tão bem resolvida, tão madura - quá! - tenho outra por dentro. Que vergonha. Levei mais de 40 anos para me dar conta de que não faço questão de uma criatura que me siga, que me agrade, que me idolatre, que me atenda imediatamente ao ser chamado, que me convide pra passear com ele todo dia. Sendo charmoso, na dele e possuindo ao menos alguma condescendência comigo, tem jogo.
         Cristo, um simples gato me fez descobrir que sou mulher de bandido."

 Esta é uma crônica sobre gatos que a Martha Medeiros escreveu para o jornal Zero Hora e minha mamãe escolheu para ser o primeiro post do blog.